Em semana mundial da amamentação (1 a 7 de Agosto), conversamos com enfermeira obstetra que desmitificou esse ato tão importante
Amamentar é mais do que um ato de amor, é também um gesto de autocuidado e entrega. Para poder prover o alimento do bebê, a mãe precisa se cuidar física e emocionalmente.
Na semana mundial da amamentação, nossa redação conversou com a Enfermeira Obstetra Cinthia Calsinski que desvenda alguns dos mitos e verdades ligados ao aleitamento.
Toda mulher pode amamentar. Parcialmente verdade: “Anatomicamente fomos projetadas para aleitar, mas nem todas as mulheres conseguem amamentar. E isso tem a ver com o emocional, com o preparo do seio e até com o estado de saúde da mamãe”, conta Cinthia. Mulheres que se submeteram a cirurgia redutora de mama, por exemplo, podem encontrar dificuldade em amamentar, enquanto outras, com doenças contagiosas, como o HIV, não podem realizar este ato.
A quantidade de leite tem a ver com o tamanho da mama! Mito: o tamanho do seio tem a ver com a quantidade de gordura e glândulas, não impactando a produção de leite.
Mamilos planos ou invertidos inviabilizam o aleitamento. Mito: “para ordenhar o leite da mama, o bebê faz a ‘pega correta’, na qual abocanha a maior parte possível da aréola. O mamilo plano ou invertido pode dificultar um pouco as primeiras mamadas até o bebê entender como deve ser feito, mas depois de um tempo a amamentação ocorre sem problemas”, orienta Cinthia.
A quantidade de leite produzida pela mãe tem a ver com a ingestão de água. Mito: a lactante deve se manter hidratada para manter a saúde como um todo, mas não tem a ver com a quantidade de leite produzida pelo organismo.
O bebê não precisa ser desmamado quando a mãe volta a trabalhar.Verdade: “a orientação é que a mãe amamente pela manhã, no fim da tarde ou no meio da noite diretamente no seio e, quando ela não está com o bebê, que o leite seja administrado através de copinho”, conta a enfermeira obstetra.
O bebê deve ser alimentado a livre demanda. Verdade: Cinthia explica que a mãe sabe identificar o choro de fome e a amamentação serve também para matar a sede do bebê, provendo sua hidratação.
“O importante é que a mamãe que amamenta cuide adequadamente da sua alimentação e do seu emocional. Muitas mulheres têm dificuldade em amamentar porque se sentem inseguras e ansiosas. Com isso, acabam se sabotando e perdendo esse momento único de contato mãe e bebê”, conclui Cinthia.